quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NA U.T.I

Olá pessoal! Hoje vamos abordar sobre mais um tema atual e interessante da fisioterapia que é o Papel do Fisioterapeuta na UTI. Nosso reconhecimento é cada vez mais visível no ambiente hospitalar e imprescindível dentro de uma unidade de terapia intensiva! Mas, este respeito e reconhecimento só estão nestes patamares devido ao trabalho árduo e de muita propriedade dos colegas extremamente capacitados e competentes para tal trabalho.

Propósito da unidade de terapia intensiva:
- “desenvolver e manter equipe especializada de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, tecnicos de enfermagem, nutricionistas, pisicólogos, que trabalhando em conjunto, proporcionem cuidados intensivos de alta qualidade a pacientes graves, cuja a condição possa assim ser melhorada”(REGENGA, 2012).

Para se fazer este trabalho, é extremamente importante saber que existem vários tipos de unidades, tais como:
- Coronariana
- Traumatológica
- Pós- operatória
- Infecciosa, entre outras.
Além dos tipos de unidades, os componentes essenciais que fazem parte de uma unidade de terapia intensiva, também devem ser levados em conta, e são basicamente os seguintes:
- Pacientes graves;
- Equipamentos de alta tecnologia;
- Equipe com conhecimento e experiência;
- Utilizar os equipamentos com eficiência.

            Como saber se o paciente está apto a ser passível de uma internação em UTI?
É uma pergunta extremamente difícil, mas que pode ser descomplicada aos poucos à medida que pré-estabelecemos parâmetros e critérios. Portanto, os doentes cujas internações são desejáveis se dividem em duas categorias:
  1. Doente grave:
- Alterações hemodinâmicas;
- Alterações respiratórias;
- Alterações renais;
- Alterações neurológicas,etc...

2.      Doente de alto risco:
- Pós operatório imediato de grandes intervenções cirurgicas;

Possivéis alterações encontradas em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva:
- Alterações hemodonâmicas:
- Alterações cardíacas
- Alterações respiratórias
- Alterações neurológicas
- Condições pós-traumáticas
- Condições pré-operatórias
Equipamentos e monitorização:


Alguns equipamentos e parâmetros que servem para monitorizar dados importantíssimos em nossos pacientes:

- Freqüência Cardíaca
- Freqüência Respiratória
- Pressão arterial
- Ritmo cardíaco
- Débito cardíaco
- ECG
- Oximetria de pulso
- Catéter de artéria pulmonar
- PVC
- Capnografia
Bem, agora que já conhecemos a importância da unidade, as indicações e os principais equipamentos que nela contém, vamos falar um pouco sobre alterações que de certa forma comprometem nossos pacientes:

Fatores que levam à imobilização do paciente na UTI:
- Permanência prolongada na Unidade de Terapia Intensiva;
- Restrição ao leito;
- Recuperação anestésica;
- Aplicação de sedativos, anestésicos, bloqueios neuromusculares;
- Uso de talas e faixas de restrição;
- Deficiência neurológica;
- Dor;
- Uso de equipamentos para monitorizações.

Efeitos fisiológicos da imobilização


Sistema cardiovascular:


-          Diminuição do volume total do sangue
-           Diminuição da concentração de hemoglobina
-          Aumento da FC máxima
-          Diminuição do consumo máximo de O2
-          Diminuição da tolerância ortostática

Sistema Respiratório:

-          Diminuição da capacidade vital
-          Diminuição da capacidade residual funcional
-          Diminuição do volume expiratório forçado
-          Alterações na relação ventilação-perfusão

Sistema Metabólico:

-          Aumento da excreção de cálcio
-          Aumento da excreção de nitrogênio
-          Aumento da excreção de fósforo
-          Aumento da excreção de magnésio

Sistema Musculoesquelético:

-          Diminuição da massa muscular
-          Diminuição da força muscular
-          Aumento da osteoporose



QUANDO ESTES PACIENTES SÃO INDICADOS PARA A FISIOTERAPIA?

-          Quando há evidência de retenção de secreção
-          Evidência radiológica de atelectasia, infiltrados ou congestão
-          Diminuição de PaO2 e retenção de dióxido de carbono como resultado de retenção de secreção
-          Profilaxia de complicações pulmonares e circulatórias
-          Pacientes cardiológicos com complicações neurológicas

Tratamento fisioterapêutico:

-          Drenagem postural e posicionamento;
-          Tapotagem e vibração;
-          Insuflação manual com ambu;
-          Tosse;
-          Aspiração traqueobrônquica;
-          Exercícios respiratórios;
-          Aerossolterapia.

ADMISSÃO DO PACIENTE NA UTI:
A admissão feita do paciente na UTI, seja ele clinico ou cirúrgico, é realizada por uma equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.
Admissão de pacientes clínicos:
- Os pacientes clínicos poderão chegar à UTI, em diversas condições respiratórias, cabendo ao fisioterapeuta, junto com o médico da unidade, a avaliação da necessidade de oxigenoterapia, e suporte ventilatório não-invasivo ou invasivo.
Admissão de pacientes cirúrgicos:
- Os pacientes submetidos a cirurgia torácica, adultos ou crianças, chegarão à UTI, na maioria das vezes sedados, intubados, sob ventilação mecânica invasiva. Cirurgião e anestesista informarão à equipe da unidade quanto ao procedimento cirúrgico, intercorrências e condições hemodinâmicas e ventilatórias.

Avaliação:

- Verificação de tipos de monitorizações utilizadas
- Avaliação do nível de consciência
- Inspeção da pele e músculos
- Inspeção da caixa torácica
- Ausculta pulmonar
- Espansibilidade torácica e simetria
- Ventilometria
- Pressão inspiratória máxima(Pimáx)
- Pressão expiratória máxima(Pemáx)
- Efetividade da tosse
- Aspecto da secreção traqueal

Quando em VM:

- Modo ventilatório
- Frequência respiratória
- Volume corrente(VC)
- Volume minuto(VM)
- Pico de pressão inspiratória
- PEEP
- FiO2

Bom pessoal, por enquanto é isso, logo mais novas postagens referentes a área cardiopulmonar que sejam relevante para nossa atuação! Obrigado pela leitura!



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